No meio do povo evangélico em geral há algumas ideias equivocadas sobre a posse de bens. Ao tratar desse assunto, quando não é 8 é 80! Há os que ensinam que a riqueza é do diabo e há os que ensinam que a pobreza é que é. E com isso, "criam-se" crentes amedrontados. Quando se discute sobre dinheiro, aí pronto!! Eis o grande mistério.
Uma das partes da bíblia mais utilizadas para combater a riqueza é a que fala que o amor do dinheiro é raiz de todos os males. Mas é claro... entenda o versículo primeiro: pela ganância em possuir mais, muitos sacrificam a honra de um bom nome para obter vantagem financeira. Outros se tornam tão devotados a seu trabalho para adquirir riqueza que negligenciam Deus e suas próprias famílias. Muitos oprimem os pobres para garantir sua própria riqueza.
Para se pregar a pobreza, também citam que Jesus sempre advertia contra os perigos de possuir riquezas, até instruindo um homem rico que vendesse todas as suas posses e desse aos pobres para que fosse um seguidor de Cristo (Marcos 10:17-22). Jesus realmente disse isso, mas porque conhecendo o coração daquele homem Ele sabia que as posses dele estavam impedindo o seu progresso espiritual, já que ele estava depositando sua confiança nelas. Isso sim é um grande problema.
A riqueza em si não é má.
A bíblia está cheia de exemplos de homens de Deus que eram ricos - ricos meeeesmo! Exemplos? Abraão, Davi, Jó, Daniel, Pedro... e o que dizer de Salomão, o homem mais rico da Bíblia? Ele havia pedido sabedoria a Deus, e recebeu, além dela, as riquezas! Por que Deus daria riqueza a um filho Seu se ela fosse maléfica?
Eu tenho aprendido que as riquezas e os bens são dádivas do Senhor e devem ser usados exatamente em prol do Reino dEle. Se você quer ser pobre ou se conforma com a sua "porção acostuma", isso é um direito seu. Pobreza também não é maldição! Mas, eu desejo ser próspera em TUDO o que eu fizer pois a Palavra do Senhor não me condena. Ela me orienta a semear com abundância para que eu enriqueça em toda graça e em toda boa obra (2 Corintios 9. 6-12). A instrução que a Bíblia me diz para observar é esta: "Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento; que pratiquem o bem, sejam ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir" (1 Timóteo 6:17-18).
Quem possui riquezas deve ter um coração generoso para sustentar missionários, para doar Bíblias, para construir templos, para alimentar o faminto e investir em quantas ações forem necessárias para a propagação do Reino de Deus! E um dia eu desejo ser coluna financeira de algumas dessas obras também... =D
3 comentários:
Querida amiga Deah, gostei da tônica equilibrada e moderada da sua postagem.
Entretanto, a nossa amizade vai me permitir fazer uma observação quanto ao teor da sua abordagem, acreditando que só teremos a crescer em nossas reflexões!
No meu entender o problema é que uma minoria absoluta tem a integridade que você tem e possui a sensibilidade humana que pessoalmente há tempos sei que você possui, e usufruo dessa benção de perto.
Além do mais, atualmente a devastadora Teologia da Prosperidade dá o respaldo em todas as áreas para aqueles que desejam disfarçar seus deleites pessoais como sendo "Obra de Deus".
Senti profunda sinceridade na redação do seu último parágrafo. O problema, ao meu ver, é que a maioria dos autores desse discurso, pelo menos 100% dos que fazem a Teologia da Prosperidade na mídia, primeiramente precisam ter uma vida regalada para só então depois terem a piedade que eu sei que voce tem e tenho mais certeza ainda que você cumprirá o desejo do seu coração quando oportunidade nosso Senhor te der, para a glória exclusiva dele.
Depois de terem os celeiros pessoais (e isso é importante frisar)cheios eles fazem todas as boas obras as quais você citou. Entretanto, eles jamais abririam mão de suas ostentações, aprendendo a viver na abundância ou na escassez, como Paulo deu-nos o exemplo e maior de simplicidade não há do que Jesus.
Aí eles justificam uma coisa com a outra, como se a piedade fosse um manto para esconder a necessidade vital de ter uma vida tranquila e gorda, sem a qual eles absolutamente não conseguem mais viver e que montam uma cadeia de bons motivos bíblicos para preservar o status quo. Simplesmente eles não conseguem viver essa realidade: "Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez; tudo posso naquele que me fortalece". (Filipenses 4.10-13)
E quanto aos famintos os quais você bem citou, enquanto a maioria em nossa nação vive numa miséria que é de tirar o sono dos senssíveis, esses vivem uma vida muito, mas muito acima do nível médio de nossa nação, e são indiferentemente inertes para com esses pequeninos de Jesus, ao mesmo tempo em que são rápidos para ajuntar alguns alguns milhões para a "Obra de Deus". Isso particularmente me entristece profundamente, do fundo do coração.
Sendo um texto da minha amiga Andrea, a quem há tanto conheço pessoalmente, nem titubeio em ter convicção que o texto reflete uma verdade de um coração reto. Mas os péssimos exemplos que vejo, por muito influenciados pelos referenciais que temos pela TV, acompanhando suas trajetórias e discursos atentamente, infelzmente não vejo motivos para acreditar neles, ou até hoje eles não me deram algum convincente.
Não seria para qualquer pessoa que eu escreveria uma opinião assim, aproveitando uma deixa no seu post para expandir a reflexão. Mas pediria muito a você que, se pudesse, assistisse a esse vídeo de uma das poucas referênais íntegras de cristãos que vejo na mídia mundial, incluindo nosso Brasil. O vídeo expressa o que penso a respeito do assunto, e algumas razões, as quais considero verdades, chegam a me comover. O vídeo desse verdadeiro homem de Deus poderia substituir, com muito mais propriedade, esse mar de palavras que registrei em seu abençoado blog.
http://www.youtube.com/watch?v=th6uKnh5kck&playnext=1&list=PLBE6F94D5726B1BC3
No mais minha querida, permita-me fazer essa observação, ressaltando que em você eu acredito, mas que os expositores de nossa nação do mesmo pensamento que seu texto aborda não são dignos de um centésimo da confiança que ao vivo e a cores deposito em sua pessoa. Abraço, não se ofenda com minha resposta longa e cansativa (=D) e que Deus te abençoe em tudo, sempre! :)
Graaande Vinícius, suas observações são sempre muito bem vindas. Com certeza são apreciações que só me acrescentam conhecimento :)
Entendi perfeitamente sua coloção. Vi o vídeo e achei muuuito, muito bom também!
Só quero esclarecer aqui (caso eu não tenha me feito entender no texto) que eu NÃO defendo a teologia da prosperidade, pois esta diz que eu devo me associar a Deus para buscar riquezas dEle (como se Ele fosse obrigado a me dar).
O que eu quis dizer é que eu posso desejar possuir bens sem estar pecando. O que eu queria colocar é que se fala tanto nesse nome "teologia da prosperidade" que alguns crentes ficam até com medo de pedir bênçãos financeiras ao Senhor porque pensam que simplesmente possuir riqueza é pecado, e eu sei que não é. Dizer que essa teologia é errada não é suficiente; é necessário explicar as causas. Foi isso que quis colocar no texto em rápidas palavras... mas sei que tem pano pra manga sobrando kkkkkk
De qualquer maneira, ameei suas colocações e fiquei até com desejo de continuar a escrever sobre esse assunto, pois é verdade que por aí está cheio de pessoas que, como vc colocou, "primeiramente precisam ter uma vida regalada para só então depois terem a piedade" e que "jamais abririam mão de suas ostentações, aprendendo a viver na abundância ou na escassez". Para estas pessoas, a fartura pode ser mesmo um pecado!!
Obrigada por sempre contribuir aqui com esse cantinho meu :)
Espero que vc volte mais vezes hehehehe
E quanto ao comprimento da sua resposta, bem... se não for comprida então nao foi meu amigo Vinícius que escreveu! hahaha
Abraço
Pois já voltei, e voltei rápido! rs
Mesmo sem saber que tinhas respondido-me, minha intenção era dar uma espiada de qualquer forma.
Isso porque hoje, a caminho de casa, parei e fiz um lanche. Apareceu na lanchonete uma mulher maltrapilha, daquelas que ninguém quer chegar perto,que não interessam a ninguém, nem as igrejas.
Ela estava pedindo a um e a outro que pagasse um lanche qualquer, pois estava gestante de 6 meses. Era visível.
Abasteci legal (foi minha janta!), enchi o tanque, mas a imagem daquela mulher circulando naquele ambiente não conseguiu sair da minha mente. Fiquei pensativo e a passos lentos do caminho da volta. Então lembrei do seu distinto cantinho, do qual tanto gosto.
Foi aí que lembrei-em do seu post e me veio a intenção de acrescentar ao meu comentário uma espeficificade que não o fiz da primeira vez.
Agora entendo ainda melhor o teor do seu texto, e concordo inteiramente que muitos cristãos de tão assombrados com a riqueza a associam erradamente ao pecado.
Mas também venho indicar a que grupo de pessoas quis seu amigo aqui se dirigir quando se preocupou com o panorama o qual apontei.
Se eu ou você trabalharmos feito condenados e tivermos todo o dinheiro lícito do mundo, sobretudo para os nobres fins os quais você citou (repetindo: vindo de você eu acredito de verdade), e o coração não estando nas verdinhas, no problem.
Entretanto, além da Teologia da Prosperidade já ter se ramificado e diferenciado bastente (obrigadão por ter visto o vídeo!), o maior alvo da minha indignação não é contra os simples mortais como você, eu, ou nossas famílias, mas sim contra as pessoas que ostentam o luxo ao qual eu mencionei as custas de pobres miseráveis que lutam para sobreviver, para comer, como se Deus os fossem recompensar financeiramente para encher os cofres dos popstars gospels tupiniquins.
Essas pobres criaturas irmãs nossas na fé escutam apelos dramáticos e alguns até cretinos, tanto dos púlpitos (poderia até nominar aqui) quanto nas nossas TVs e atendem com os poucos cruzeiros que sobraram no fundo das calças rasgadas, em nome da "expansão da obra de Deus", de obreiros que vivem espalhafatosamente em cima do suado trocadinho dessas pessoas.
Isso acontece aos milhões em nosso país, e me entristece sermos associados a um clube que só sabe pedir dinheiro, dinheiro e mais dinheiro....dinheiro e dinheiro.
Caso sobresse algum para alimentar os famintos que sua sensibilidade cristã citou ou aquela mulher raquítica que vi hoje, tudo bem, e ainda ganharíamos muitas almas para Cristo sem maiores esforços. Mas hoje o que impera é uma aristocracia evangélica, de pastores que pastoreiam a si mesmos (Ezequiel 34), e que vivem gostosamente sobre a face da terra em cima da miséria do verdadeiro povo de Deus.
Estes, e tão somente estes, são o alvo de minha crítica condundente e intransigente. Porque pedir oferta é um negócio rentável,e o fazem sem derramam uma gota de suor de seus rostos para ter o que possuem, sem prestar contas de nenhum centavo a seu ninguém, com transparência zero, entendendo autoritariamente que a obrigação é de mão única. Antes, dissimulam com a obra de Deus que ao meu ver de Deus tem muito pouco. Poderíamos sim aprofundar ainda mais a questão, mas o que rendeu até aqui me deixou muito contente!!!
No mais amiga e irmã sincera, eu sou quem agradeço suas visitas e comentários nos meus blogs, pois sempre é uma grata satisfação contar com uma participação tão capacitada quanto a sua! Forte abraço, obrigado pela compreensão e acolhimento e que Deus te abençoe em tudo, sempre!
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