___ "Falando a verdade com espírito de amor, cresçamos em tudo até alcançarmos a altura espiritual de Cristo, que é a cabeça" - Efésios 4.15 ___

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quarta-feira, 7 de julho de 2010

O tradutor de Deus

A relação de Jesus com Deus era muito mais profunda do que um encontro diária. Nosso Salvador sempre estava consciente da presença de seu Pai. Ouça suas palavras:     
 
"Na verdade, na verdade vos digo que o Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer o Pai;  porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente" (João 5.19).   
"Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma. Como ouço, assim julgo" (João 5.30). 
"Crede-me que estou no Pai, e o Pai em mim" (João 14.11). 
 
Fica claro que Jesus não agia a menos que visse o Pai agir. Não julgava senão quando ouvia o Pai julgar. Nenhum ato nem obra acontecia sem a direção do Pai. Suas palavras soam como as de um tradutor. Houve algumas poucas ocasiões no Brasil em que servi como tradutor-intérprete a um pregador que falava em inglês. O homem estava de frente ao público com sua mensagem. Eu estava ao seu lado, equipado com o idioma. Meu trabalho era apresentar aos ouvintes sua história. Fazia o melhor que podia para que suas palavras fluíssem através de mim. Não tinha liberdade para embelezar ou subtrair. Quando o pregador fazia um gesto, eu também o fazia. Quando aumentava o volume, eu também o aumentava. Quando ficava quieto, eu também. 
Quando Jesus andou nesta terra, sempre estava "traduzindo" a Deus. quando Deus falava mais forte, Jesus falava mais forte. Quando Deus fazia algum gesto, Jesus fazia-o também. Ele estava tão sincronizado com o Pai que pôde declarar: "(Eu) estou no Pai, e o Pai em mim" (João 14:11, ACF). Era como se ouvisse uma voz que os outros não podiam ouvir. 
 
Presenciei algo similar num avião. Ouvia uma vez após outra explosões de gargalhadas. O vôo era turbulento e agitado, e não havia razão alguma para o humor. Mas alguém atrás de mim morria de rir. Ninguém mais, somente ele. Finalmente me virei para ver o que era tão engraçado. Tinha fones de ouvidos, e evidentemente estava ouvindo alguma comédia. Mas como nós não podíamos ouvir o que ele estava escutando, agíamos de forma diferente.
O mesmo acontecia com Jesus. Como Ele podia ouvir o que outros não podiam, agia em forma diferente à deles. Lembra quando todo mundo estava preocupado pelo homem que tinha nascido cego? Jesus não. De alguma maneira, Ele sabia que a cegueira revelaria o poder de Deus (João 9:3). Lembra quando todo mundo estava aflito pela doença de Lázaro? Jesus não. Em vez de acudir apressadamente ao lado da cama de seu amigo, disse: "Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela" (João 11:4, ACF). Foi como se Jesus pudesse ouvir o que ninguém mais podia. Que relação pode ser mais íntima que aquela? Jesus tinha uma comunhão ininterrupta com seu Pai. 
Você acha que o Pai deseja o mesmo para nós? Absolutamente sim. Paulo diz que fomos predestinados para sermos "conformes à imagem de seu Filho" (Romanos 8:29, ACF). Permita-me lembrar você: Deus o ama tal como você é, porém recusa-se a deixá-lo assim. Ele quer que você seja como Jesus. Deus deseja ter com você a mesma intimidade permanente que tinha com seu Filho. 
Max Lucado em Simplesmente como Jesus

2 comentários:

Anônimo disse...

Achei excelente essa citação! Nunca esqueci desse ensino que estimula a sermos "tradutores" do Senhor Jesus de Max Lucado nesse livro.

Também me marcou a comparação que ele faz enquanto missionário no Brasil, onde, no RJ, um tradutor encontrava dificuldades para expressar o que Max queria dizer, pois falava em Inglês.


Mesmo levando em consideração a mesma dificuldade diante de Deus, não podemos fugir do desafio de sermos imitadores, ops...tradutores de Cristo, assim cmo Paulo foi.

Para acrescentar esse desafio, lembrarei de outra história, contada no livro de Philip Yancey: "O Deus (in)visível: como se relacionar com um Deus que nao podemos ver, ouvir nem tocar". Alguém certa vez disse que, observando os cachorros, percebia que eles conseguiam obedecer ao comando do dono sempre que possível, mas só até certo ponto, dentro de suas limitações caninas.

Latir, rolar no chão e sentar eram possíveis para o cachorro compreender, mas coisas complexas, como escrever um livro ou cantar uma música, estavam fora do alcance do bichano.

Então o dono chegou a uma conclusão e foi compartilhar com um amigo. Entendeu que Deus falando com o homem é semelhante a um homem falando com um cachorro.

O amigo, discordando, respondeu que não. Na verdade, Deus falando com o homem seria semelhante a um homem falando com uma cerca.

O trabalho de tradução não é fácil, mas temos o Espírito Santo e a Palavra de Deus como ferramentas.

O desafio está lançado...

Camila Luna disse...

Que responsabilidade! Ser tradutor de Deus não é pouca coisa não = )

Assim como para traduzir uma língua temos que dominá-la, nós temos que estar "afinados" com o Senhor pra saber o que Ele está querendo transmitir, cabe a nós aprofundar o nosso relacionamento com Ele.
Tenho a plena convicção de que Deus não vai ser importar de ter inúmeros tradutores dEle espalhados pelo mundo.
O que Ele quer é isso = D

Aprofundemos nossa relação, consequentemente a nossa linguagem!!

Beijo, Déah!